No post anterior, decidi transcrever a visão do Fred D'orey, que não deixa de ter uma certa razão, mas não toda, no que toca a muitas namoradas dos Surfistas e à sua vida partilhada com as pranchas e o hobbie do namorado.
É sim chato, estar alto dia de sol e não parar de saltar de praia em praia com ele, só para ter a certeza que ali não está melhor que acolá, como também é complicado dividir o espaço das nossas malas de viagem com pranchas para todos os tipos de onda.
O mundo de repente divide-se em países que têm ondas para surfar, dos que não têm (estes últimos por e simplesmente deixam de existir, mesmo que haja uma lowcost a viajar para lá por 1€),
A areia começa a ser uma constante na nossa vida, deixamos de ter banheira e mala do carro, para passar a ter mini-praias instaladas.
Eu própria, há uns 5 anos atrás, escrevi um texto para a revista SurfPortugal sobre a seca que apanhava no Inverno dentro do carro à espera dele e a resposta publicada na altura foi: "arranja um fato e uma prancha e vai para dentro de água". Basicamente, fiquei danada, vi logo que quem me estava a responder era um surfista e não uma namorada dele, porque não entendia o meu ponto de vista.
Bem, deixei de me queixar e decidi aproveitar!
Os anos passaram e fui-me adaptando, se não podes com eles, junta-te a eles, mesmo que não seja dentro de água. Desde as fotografias, às caminhadas e leituras de livros no silêncio de praias desertas, à descoberta dos melhores cafés e esplanadas.
Aliás, todos esses anos de pesquisa, vão servir para partilhar aqui convosco as descobertas, para que as idas à praia sejam menos dolorosas :)
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